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O objetivo desse simpósio é reunir pesquisadores de diferentes campos de estudo e instituições que abordem os povos indígenas como protagonistas da História no Brasil Colonial para que se abra um espaço de diálogos e apresentações de trabalhos que enfatizem a importância dos processos históricos seja doponto de vista político e social para quer se destaquem o protagonismo dos povos indígenas nos processos pós-contato em que sejam ressignificadas as novas territorialidades indígenas a partir de imposições das políticas indigenistas portuguesas até o início do século XIX e da ocupação dos seus territórios tradicionais. Percebendo as diferentes agências dos povos nativos sem que sejam percebidos nas camisas de força das análises em que se destacavam as relações apenas de negação da ordem colonial, mas sim relações entre indígenas e colonizadores de forma mais diversa e complexa enquanto índios coloniais. Construir a possibilidade de propor um Grupo de Trabalho sobre História dos povos indígenas no Brasil colonial é extremamente importante pelo fato que há mais de três décadas historiadores vem tentando burlar uma antiga tradição que para os indígenas não haveria história. A partir de esforços de historiadores e antropólogos como John Manuel Monteiro, Regina Celestino de Almeida,Jorge Heremites, João Pacheco de Oliveira procura-se criar espaços de diálogos para que trabalhos que se produzam nos programas de pós-graduação no Brasil sejam revelados e as suas escritas debatidas para que se percebam que os silenciamentos respeitantes aos povos indígenas estejam cada vez mais rompidos na historiografia brasileira. Os espaços de discussões que propomos énecessário para que se evidencie uma perspectiva da escrita da história recente em que seja considerada os indígenas enquanto sujeitos ativos das suas próprias vidas no pós-contato, valorizando os acontecimentos nos quais foram agentes de suas próprias histórias e as estratégias de sobrevivência nos espaços coloniais em todas as antigas capitanias brasileiras diante das novas conjunturas encetadas pela presença europeia em terras brasílicas. Nos últimos anos, pesquisadores de diferentes disciplinas têm dedicado atenção as sociedades indígenas. As contribuições oriundas da antropologia, arqueologia, história e educação têm proporcionado avanços promissores à temática indígena. Nesse sentido, a interdisciplinaridade tem contribuído para o entendimento sobre as diversas formas de interação e relação sociocultural entre as populações indígenas e a sociedade envolvente.Os debates historiográficos mais recentes, amparados pelos subsídios provenientes da pesquisa em arquivos, têm enfatizado o papel desempenhado pelos indígenas enquanto agentes sociais, privilegiando as atitudes e respostas manifestas frente às situações de conflitos, além do papel das lideranças e sua atuação como mediadores culturais. Afinal, o mundo indígena não foi um receptor passivo das políticas e iniciativas que emanavam da colonização. Muito pelo contrário, foi capaz de elaborar respostas e gerar ações próprias. A intenção deste Simpósio Temático é propiciar um espaço para estreitar o diálogo entre pesquisadores que, com formações acadêmicas diversas, apresentam novas e complexas abordagens sobre os povos indígenas na história, tratando de temas, tempos e espaços variados.
Bibliografia:
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GARCIA, Elisa Frühauf. As diversas formas de ser índio: políticas indígenas e políticas indigenistas no extremo sul da América portuguesa. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2009
LOPES, Fátima Martins. Em nome da liberdade: as vilas de índios do Rio Grande do Norte sob o Diretório Pombalino no século XVIII. Tese (Doutorado em História) – Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Recife, 2005.
MATTOS,IzabelMissagia de. Civilização e Revolta: os Botocudos e a Catequese na Província Minas. Baurú-SP: EDUSC, 2004.
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