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A mesa “Centros, periferias, sertões e arquipélagos: Brasil colonial depois de Russell-Wood,” destaca a importância dos estudos do ilustre historiador, de que o Brasil colonial partisse da definição de uma colônia que, mais do que uma unidade territorial contínua e coerente em nível geográfico, político e econômico, é, sobretudo nos seus tempos iniciais, um somatório de unidades arquipelágicas caracterizadas por um grau de autonomia significativo. Oferece-se uma retrospectiva desses temas, que Russell-Wood sustentou em seu trabalho desde a década de 1960, e reflete seu significado contemporâneo. Aprofundam temas destacados por Russell-Wood ao longo da sua carreira acadêmica, ou seja, o bandeirismo, a mineração, e os sertões, através da figura singular de João da Silva Guimarães, bandeirante, mineiro, e intermediário das populações indígenas dos sertões de Minas Gerais e do sul da Bahia no século XVIII. Baseado em catecismos e dicionários escritos em língua geral (Tupi), evocam-se os arquipelágios de fé influenciados mais por comunidades locais de índios que por autoridades eclesiásticas na Lisboa, Évora, e Salvador, nas traduções que os catecúmenos indígenas propuseram. No processo, as traduções criaram uma nova teologia para o sacramento da Eucaristia. Estas comunicações procuram explorar a abordagem comparativa de Russell-Wood que entendeu a colonização portuguesa como processos moldados por povos, instituições e eventos em ambos os lados do oceano Atlântico.
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