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O objetivo desta MR é discutir a relação entre imagens expressivas das sensibilidades religiosas que transitaram na América portuguesa e a História Colonial. Mantem-se uma postura crítica ao pressuposto ilustrado, que em suas projeções nas ciências modernas considera a religião como algo da ordem do etnológico, subjetivo, exótico, e ao fim, ahistórico. Como uma espécie de Colônia Metafísica, entende-se que as imagens que circulavam pelas vias institucionais das ordens religiosas que atuaram na colônia se apresentam como possibilidade de abordar a produção material e simbólica da cultura colonial, constituindo-se como área significativa dos estudos históricos e coloniais. Partindo de uma análise da circulação de modelos iconográficos na América portuguesa, em uma perspectiva comparativa entre Minas Gerais e o litoral das Capitanias do Norte do Estado do Brasil entre os séculos XVII e XIX; discutindo a iconografia dos jesuítas na Capitania do Espírito Santo e suas práticas de missionação; voltando a abordar a circulação de modelos iconográficos em Minas Gerais, mas a partir do tema das sibilas na Diamantina do século XVIII; e, por fim, retomando o tema imagético/ iconográfico entre os jesuítas a partir de sua cultura epistolar sobre o Rio Grande do Norte colonial, as discussões apresentadas pelas participantes da mesa pretendem dialogar na perspectiva da História Cultural e da História da Arte, com especial destaque para autores como Carlo Ginzburg, Walter Benjamin, Erwin Panofsky, Aloïs Riegl, Gilles Deleuze, Giulio Carlo Argan, Aurelio Peretti, Omar Calabrese e Fernando Rodríguez De La Flor.
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