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A Rede de Grupos de Pesquisa Escravidão e Mestiçagens (Rede GPEM) objetiva congregar grupos de pesquisa e estudiosos dos mais diversos aspectos relativos à escravidão e às mestiçagens. O desejo é exercitar comparações e conexões entre os estudos sobre diversos lugares e povos da América colonial, fomentando, assim, pesquisas e discussões em torno de temáticas distintas, possibilitando o contato entre diferentes enfoques, conceitos, metodologias e abordagens historiográficas a partir de, também, diferentes fontes de pesquisa. Para o VII EIHC, a Rede propõe o Simpósio Temático Escravidão e Mestiçagens em perspectivas conectadas: povos e lugares em suas formas de trabalho, sociabilidades e religiosidades (séculos XVI a XIX). Este simpósio foi concebido a partir da constatação de que a composição social e étnica da sociedade escravista pode ser pensada como um mosaico de elementos de distintas origens e de diversos significados dependendo do lugar e do tempo em que se fala. Tempo e lugar são categorias que nos permitem perceber as historicidades das dinâmicas de mestiçagens em suas manifestações de trabalho, nas construções de redes de sociabilidades e também nas práticas religiosas. A compreensão da conformação da sociedade colonial, em seus distintos lugares, tais como a casa e a rua, o sertão e o litoral, o urbano e o rural, o espaço público e o espaço privado, prescinde de exercícios teóricos que primem pela noção de continuidades e elos promovidos por encontros culturais que promovem novas formas de sociabilidades, mesmo que estas fomentem formas de acomodação, de rejeição ou de coexistências. As abordagens construídas sobre os mundos coloniais, não só americanos, mas também africanos e asiáticos são orientadas nestas proposições.

Bibliografia:


AMANTINO, Marcia. O mundo das feras: os moradores do sertão oeste de Minas Gerais – século XVIII. São Paulo: Annablume, Fapesp, 2007.

______. Marcia; IVO, Isnara Pereira; PAIVA, Eduardo França; (Orgs.). Escravidão, Mestiçagens, Ambientes, Paisagens e Espaços. São Paulo: Annablume, 2011.

IVO, Isnara Pereira; PAIVA, Eduardo França, AMANTINO, Marcia. (Org.). Religiões e religiosidades, escravidão e mestiçagens. São Paulo: Intermeios; Vitória da Conquista: Edições UESB, 2016.

______. Homens de Caminho: trânsitos culturais, comércio e cores nos sertões da América portuguesa. Século XVIIII. Vitória da Conquista: Edições UESB, 2012.
______. e Eduardo França (Org.). Dinâmicas de mestiçagens no mundo moderno: sociedades, culturas e trabalho. Vitória da Conquista: Edições UESB, 2016.
PAIVA, Eduardo França; AMANTINO, Márcia; IVO, Isnara Pereira (Org.). Escravidão e mestiçagens: ambientes, paisagens e espaços. São Paulo: Annablume/PPGH-UFMG, 2011. v. 1, p. 139-164.
______. MARTINS, Ilton Cesar; IVO, Isnara Pereira (Org.). Escravidão e mestiçagens: populações e identidades culturais. São Paulo: Annablume; Belo Horizonte: PPGH-UFMG; Vitória da Conquista: Edições UESB, 2010.
PAIVA, Eduardo França. Dar nome ao novo: uma história lexical da Ibero-América, entre os séculos XVI e XVIII (as dinâmicas de mestiçagens e o mundo do trabalho).1. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.
SILVA, Gian Carlo Melo. Um só corpo, uma só carne: casamento, cotidiano e mestiçagem no Recife Colonial (1790-1800). 2. ed. Maceió: Editora Universitária da Universidade Federal de Alagoas, 2014.

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