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Dado o tema do VII Encontro Internacional de História Colonial ser Espaços coloniais: domínios, poderes e representações os proponentes da mesa acreditam ser relevante expor e discutir formas de incorporar novos territórios e populações, bem como consolidar estes domínios. Com esse intento, será debatida a ação cotidiana de Ouvidores para o regramento da capitania do Mato Grosso; as redes de comunicação e defesa no Rio Grande de São Pedro e a comunicação entre os governadores do Grão-Pará e de Goiás, que visavam incorporar um novo sertão junto aos rios Araguaia e Tocatins. O objetivo é constrastar as realidades estudadas a fim de observar expedientes de controle sobre o território e sobre as populações, ou seja, de afirmação da soberania da monarquia portuguesa. A condição fronteiriça das capitanias selecionadas permite pensar tanto na projeção interna quanto externa da autoridade monárquica, isto é, sobre os próprios súditos e diante de impérios europeus rivais, bem como sobre nações indígenas não aliadas ou de fidelidade oscilante. Acreditamos que a discussão em torno de espaços e de agentes imperiais diversos permitirá aprofundar a compreensão de sistemas explicativos mais gerais da América portuguesa. O foco dos trabalhos privilegia o entendimento da gestão do cotidiano, marcada pela variedade de assuntos e de atores sociais envolvidos, além de considerar a importância da comunicação política, que, ao coletar informações para a formulação de políticas, fortalecia a articulação com a Corte lusitana. As contradições e obstáculos ao exercício da soberania também são considerados, na forma de jogos políticos, de conflitos entre os servidores de Portugal, de insubordinações indígenas e quilombolas e de atritos com habitantes dos domínios hispano-americanos. O conjunto de opções descrito conduz à superação do estudo de cada caso específico e à possibilidade de formulação de um entendimento mais sólido sobre os projetos de integração territorial, bem como de suas dificuldades, vistos a partir de suas zonas limite.

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